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[RESENHA] A Lente De Marbury- Andrew Smith (2016, Editora Gutenberg)

(Foto: Foto autoral/ por Mariana Ferreira)
Um livro que faz a você querer ler mais, sim! Pessoinhas, hoje vou falar sobre "A Lente de Marbury", uma história que consegue prender a qualquer um. 

Rolando e Tac... Tac... Tac...

Bom, a história fala sobre Jack, ou John Whitmore, um garoto de 16 anos e Americano. Ele mora com seus avós, Wynn e Stella, e tem um melhor amigo chamado Conner. Tudo começa quando os avós de Jack programam uma viagem à Inglaterra para o garoto, com o objetivo de conhecer um colégio tradicional, St. Atticus, onde Wynn estudou quando fez o colegial. Conner também vai, pois, caso gostem do colégio, passarão a estudar lá.

Alguns dias antes dessa viagem, os pais de Conner viajam, deixando ele sozinho em casa. Con faz uma festa e chama vários amigos, e sua namorada (Dana), com quem acaba indo para o quarto, enquanto as pessoas estão bebendo e se divertindo lá embaixo. Jack estava bêbado e apertado, querendo ir ao banheiro. O banheiro do andar de baixo está cheio, nisto ele sobre apressado para o quarto de seu amigo, para tentar usar o banheiro dele, e se depara com este e a namorada nus, brincando e curtindo. Até convidam-o para participar, mas Jack discorda, achando isto ridículo, pois tem em sua consciência que não precisa provar à ninguém que não é gay, segundo o livro.

Saindo da casa do amigo, ele anda pelas ruas, tentando chegar em casa- mesmo bêbado. No meio do caminho, acaba deitando em um banco de uma praça e dormindo ali. Pela manhã, um homem para e o acorda, perguntando se ele está bem. Este homem era Freddie Horvath, um médico maníaco que sequestra garotos, principalmente. Ele leva Jack para sua casa e o aprisiona, deixando-o seminu em uma cama e tentando, de diversas formas, entorpecê-lo e estuprá-lo. Jack, depois de dois dias neste estado sub-humano, escapa da casa de Freddie.  

Pela manhã, ele chega à casa de Conner, depois de ter escapado às escondidas para não ter o azar de encontrar o louco do maníaco, novamente, pela rua, ainda na noite antecedente. Depois de todo o ocorrido,ele conta a história para seu melhor amigo, que já se sente consumido pelo desejo de vingança a Horvath.  

Um dia antes à viagem, os dois estão passeando pela cidade, na caminhonete de Con, e Jack encontra, por acaso, a mercedez de seu sequestrador à porta de clube de Jazz. Rapidamente, eles vasculham o carro e as coisas de Jack (roupas e carteira) ainda estão lá, em perfeito estado. ele pega suas coisas e Conner já pensa em um plano de acabar com o cara.

Freddie sai do clube em direção a seu carro e é acertado por um bastão (que os meninos acharam dentro do veículo, cheio de objetos peculiares para práticas de assassinato) na cabeça, e cai inconsciente na hora. Conner aproveita e injeta a droga no moribundo, a mesma que este injetou em Jack na noite em que tentou estuprá-lo, dando por vencido o jogo aterrorizante que Horvath fazia a garotos, aparentemente, jovens.  Eles levaram o corpo até a casa do médico e o atiraram no quintal, deixando um rastro de sangue no gramado. 

Chega o dia de irem à Inglaterra; Jack foi primeiro, pois a viagem de Conner, que o encontraria lá, três dia depois. Durante o vôo, um cara tenta assediar  Jack, que faz um "escândalo", intimidando o sujeito. Após o pouso em seu destino, ele vai até o hotel onde ficará. Lá, ele fica atormentado por tudo o que ocorreu.
"Freddie Horvath deixou minha cabeça assim"
Durante sua estadia, Jack fica mais desconfiado e assustado após se deparar com um homem de óculos engraçadas, cujas lentes roxas refletiam garotos e cenas em um outro lugar. Jack se sentiu perseguido e já olhou o cara com a cara fechada. O nome deste homem é Henry Hewitt, que conhece nosso Jack de outros carnavais- ou de Marbury. Aí começa toda a aventura.

Com o flashback que o autor faz ao longo da narrativa, sentimos junto com Jack tudo o que ele passou, ficando mais intrigados e interessados, muito interessados (sem perceber), na história toda. Depois de usar as lentes pela primeira vez, Jack se sente preso entre os dois mundos. Antes, o livro explica que Marbury é um mundo paralelo a este que vivemos, onde o que é ruim, é ruim de verdade, sem máscaras ou mais delongas. Marbury é como um mundo dentro de outro- imagine nosso mundo como uma boneca russa (ou matryoshka/ matriosca), que começa com uma boneca grande, a qual abrimos e saem outras, gradativamente menores, de dentro dela.

Marbury é quase isto, uma outra dimensão dentro deste mundo no qual vivemos- onde podemos ser nós mesmos ou até mesmos pessoas diferentes. A pessoa que não consegue enxergar ou viver dentro deste mundo enquanto usa as lentes, se encontra morta neste lugar. Tudo é relativamente diferente daqui, inclusive o tempo- se colocando o óculos por um segundo, aqui, lá podem ter se passado horas, por exemplo. A história é muito intrigante. Como leitor, é capaz de ficar preso em Marbury e aqui, viajar e se mover com Jack nesta aventura. Uma leitura que te puxa, como se estivesse com as lentes e sentindo a necessidade de cumprir com sua missão de salvar tal mundo, que se encontra em guerra.

Em certo ponto da história, parece que estamos vivendo em um único mundo, porém, em Marbury, as pessoas deste mundo se encontram, quase todas, mortas. O que Jack fará agora?



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