-->

Em BEDA Jane Austen Livros Romances

[RESENHA] Persuasão (Parte final)- Jane Austen

(Foto: "Persuasão", folha por Ed. Martin Claret)
Oii pessoinhas, como estão? Esse post é uma resenha (última  da "saga", de Jane Austen, feita aqui no blog) sobre o livro Persuasão. Bom, o livro é a última obra da autora que, antes de falecer, não pudera dar um nome a mesma e encarregou isso a seu irmão.

A narrativa gira em torno dos Elliot, mais especificamente, a senhorita e baronete Anne Elliot- filha de Walter Elliot. Este senhor perdera sua esposa, 13 anos antes. Após a morte da mãe, a filha mais velha dos Elliot, Elizabeth- uma mulher muito arrogante- é encarregada por cuidar da casa até que se casasse com William Elliot para se estabilizar financeiramente e ter condições de manter o padrão de vida e a propriedade, uma vez que sir Elliot não teve nenhum herdeiro homem. Os planos fracassaram porque ele se casara com outra mulher, riquíssima. Logo se afundaram em dívidas com sua família- penhorando, então, a propriedade Kellynch Hall. Eles se mudaram para Bath, mas Elizabeth e seu pai trataram muito mal a Anne, dispensando-a da nova propriedade.

8 anos antes desta peripécia, Anne e Frederick Wentworth estavam noivos e apaixonados, mas, pela posição deste rapaz (jovem, inteligente e cheio de ambições), pobre e sem nenhum parente importante ou mérito social, Anne é persuadida por Lady Russel (amiga desta e grande conhecida da família Elliot) a romper o noivado que não traria nenhum futuro à jovem baronete de Kellynch Hall. No meio desta situação de penhor, sir Walter Elliot aluga a casa para o Almirante Croft, cunhado de Frederick, que é agora o capitão Wentworth.

Anne tem, também, outra irmã chamada Mary, que tem uma personalidade nervosa- chegando a ser histérica. Ela mora em Upercross Hall e é casada com o proprietário desta, Charles Musgrove. Anne sai de Bath e vai viver com Mary, a pedido desta. Em um belo dia, os Mugrove (Mary, Charles e suas irmãs Henrietta e Louisa) são convidados a conhecer os Croft. O destino é tão engraçado, não é? a srta. Elliot e Wentworth se encontram novamente- e a paixão que a mulher, que já não era tão jovem, achou ter se esvaído, só precisou de uma pequena fagulha para retornar e cair na real que nada mudou. Entretanto, a mágoa que Wentworth sentia afetava seus modos para com Anne.

De início, a história parece complicada de se entender- sendo cansativa demais para o leitor. Confesso que li o livro até a metade na primeira vez, mas depois senti curiosidade e reiniciei a leitura- desta vez indo até o final. O modo como os protagonistas se reconciliam é muito inesperado, é de uma sedução lenta e misteriosa, pode-se dizer. A reconquista é uma coisa praticamente impossível aos olhos de quem está lendo, ainda mais quando se está no meio da história, mas depois do acidente de Louisa, Wentworth vê como Anne se porta ao cuidar de sua cocunhada, e acaba relembrando da mulher por quem se apaixonara aos seus 19 anos.

É um romance bastante original, uma narrativa muito autêntica, para a época em que Jane escreveu- As personagens não são tão jovens, são pessoas a beira da falência financeira- e mesmo com esses obstáculos, ainda não há tantos conflitos na história, fazendo com que quem a lê, em um primeira vez, perca o foco facilmente- e o capitão Wentworth, por exemplo, conquistou seu posto na marinha com o próprio esforço (sem privilégios, sem que alguém de sua família o antecedesse etc.). Por mais que a autora estivesse doente quando escreveu a história, e, esta não sendo tão elabora quanto a aclamada "Orgulho e Preconceito" ou outros romances mais nomeados, não deixa de ser uma bela história com uma bela lição: o perdão existe.



Você também poderá gostar

0 comentários:

Postar um comentário

Deixe seu comentário aqui
E aí? O que achou? Faça esse blog mais feliz e dê sua opinião, sugestão e/ou feedback nesse espaço, ele é seu!!! :)